A Setembro Amarelo é uma campanha que tem como objetivo esclarecer e prevenir as pessoas a respeito do tema do suicídio.

Nos últimos anos, este tema, que outrora era considerado tabu, tem sido discutido mais abertamente. E, de facto, esta é uma pauta muito interessante.

Por isso, decidimos dar algum destaque a este tema e assim falar sobre a importância de cuidar da saúde mental.

Setembro Amarelo: Porque devemos falar sobre a prevenção do suicídio

No dia 10 de setembro é assinalado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta é a segunda maior causa de morte no mundo em pessoas entre os 15 e os 29 anos.

A data foi criada em 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela OMS.

A campanha visa prevenir o ato do suicídio através da adoção de estratégias pelos governos dos países.

O principal gatilho para o suicídio é a depressão, que quando não é tratada devidamente pode provocar consequências devastadoras.

Um dos grandes problemas de encarar esta questão de saúde são as barreiras que ainda existem na abordagem.

Para muitos, as doenças mentais são vistas como fraquezas de conduta ou personalidade.

Na verdade, trata-se de uma questão de saúde pública e um assunto de extrema importância que deve ser falado abertamente.

E foi justamente para possibilitar este diálogo e consciencialização que surgiu o Setembro Amarelo.

Durante todo o mês, as campanhas e os materiais estão disponíveis para toda a população, para alertar sobre a seriedade do tema e como é possível ajudar.

Como identificar alguém que corre risco de suicídio

Uma pessoa que esteja em risco de suicídio costuma apresentar sinais antes de cometer algum ato que atente contra a própria vida.

Quem sofre com doenças psiquiátricas como transtornos mentais, depressão, transtornos de comportamento pelo uso de drogas e álcool, esquizofrenia e ansiedade generalizada tem uma maior propensão para o suicídio.

Apresentar um comportamento retraído, ter dificuldade em relacionar-se com a família e os amigos, viver com irritabilidade, pessimismo ou apatia também são sinais de alerta.

Muitas vezes, é possível impedir qualquer atitude extrema apenas por se colocar à disposição de conversar com a pessoa.

O comportamento suicida surge de um sentimento de solidão e impotência, por isso é importante que a pessoa se sinta acolhida.

Se algum amigo ou familiar recebeu o diagnóstico de alguma doença psiquiátrica, ofereça ajuda, seja sensível e compreensível com as suas dores.

Não ignore estes sentimentos, o ideal é procurar ajuda profissional de um médico. Em alguns casos, o internamento em clínicas especializadas é aconselhável para preservar a segurança da pessoa.

Quando se tem uma rede de apoio com que contar em momentos de crise, o risco de suicídio é menor.

Educar para prevenir

A prevenção e a redução do número de suicídios entre jovens só são possíveis com a educação sobre o assunto.

Por isso, é importante contribuir para o movimento de consciencialização. E fazer isto é mais fácil do que imagina.

Pode, por exemplo, usar as suas redes sociais para partilhar conteúdos que abordam o tema.

Há linhas de comunicação globais que oferecem ajuda a quem precisa. Em Portugal, há o SOS Voz Amiga que funciona diariamente das 15h30 às 00h30.

Os telefones para contacto são 213 544 545 / 912 802 669 / 963 524 660. O contacto é feito sob garantia de anonimato.

O Setembro Amarelo dá-nos uma oportunidade de esclarecer e promover diálogos sobre a importância de cuidar da saúde mental.

Faça parte deste movimento, e partilhe o artigo para que este possa chegar ao maior número de pessoas!