Sabia que Portugal tem uma das maiores reservas de ouro do mundo? Na verdade, estamos entre os 15 países com maior stock desta preciosidade. Não à toa que o ouro português tem uma grande importância histórica e cultural no país.

Ao longo de toda história, e nas mais diversas culturas, o ouro sempre foi símbolo de riqueza e poder. E, por essa razão sempre foi algo muito cobiçado. Ainda hoje esse metal causa fascínio e, é desejado na forma das mais raras joias.

Pode-se dizer que este metal foi um dos motivadores das grandes navegações na era dos descobrimentos. E, certamente foi um fator fundamental para que Portugal se tornasse uma grande potência naquela época.

Culturalmente, podemos encontrar a influência do ouro português nas tradicionais filigranas, joias carregadas de valor simbólico e muito delicadas, produzidas com uma técnica milenar tendo o ouro como uma das matérias primas.

Mas este metal precioso tem características muito próprias. As mesmas estão ligadas à sua pureza e preciosidade.

Vamos explicar um pouco mais sobre o ouro português e suas principais particularidades.

Ouro português: Conheça as suas particularidades

Sabia que o ouro tem diferentes qualidades de acordo com o seu grau de pureza? Certamente já ouviu falar em quilates quando falamos de joias fabricadas em ouro.

O quilate é, portanto, a medida de pureza do metal presente na peça. Isso porque as joias são confecionadas através de ligas do ouro com outros metais. Quanto maior for a quantidade de ouro maior é o quilate, e a peça é mais preciosa.

Em relação ao ouro português, este é classificado com grau de pureza em 19,2kt ou 19,2 quilates. Isso significa que a peça de ourivesaria é composta no mínimo por 80% de ouro.

Existem ainda outras classificações em quilates, que representam a composição de ouro na peça. Conheça as mais comuns:

  • 18kt (quilates) – Formado no mínimo por 75% de ouro, sendo o restante correspondente a outros metais constituintes da liga.
  • 14kt (quilates) – Formado no mínimo por 58,5% de ouro, sendo o restante correspondente a outros metais constituintes da liga.
  • 9kt (quilates) – Formado no mínimo por 37,5% de ouro, sendo o restante correspondente a outros metais constituintes da liga.

O ouro puro, ou seja, não ligado a outros metais é classificado como 24kt (quilates). E, apesar de menos comum é possível também encontrar ouro em 22kt (quilates) que é formado no mínimo por 91,6% de ouro.

Porque é que as joias não são feitas com ouro puro?

As joias são fabricadas com ligas de metais, sendo os mais usuais o ouro, a prata, o cobre e o paládio. Essa liga é o que vai refletir diretamente o aspecto da joia, como a sua cor e dureza.

À exceção do ouro português, que tem 19,2 quilates, ao escolher uma joia em ouro percebemos que as classificadas em 18 quilates têm maior valor, exatamente porque a sua composição garante maior durabilidade.

Apesar de à primeira vista uma peça em 18 quilates e outra de 9 quilates parecerem idênticas, com o tempo a de menor quilate perde o brilho e beleza. A par disso, está também mais propensa à ação da oxidação.

Portanto, quando for comprar uma peça em ouro, a informação acerca do quilate vai determinar muito mais do que o seu preço. Vai determinar a qualidade, durabilidade e preciosidade da peça.

A verdade é que o ouro ainda é tido como um símbolo de poder e riqueza, como não poderia deixar de ser dada a raridade deste metal magnífico.

Ter uma joia produzida com ouro português é ter uma peça valiosa e que certamente acompanhará muitas gerações.